terça-feira, 10 de julho de 2012

De ácido glioxílico a formol?

Eu sempre ouvia falar que o ácido glioxílico poderia se converter a formol, mas nunca tive certeza se isso era mito ou verdade!
Para que você entenda: muitas progressiva, com a finalidade de obter um resultado (de liso) melhor, associam o ácido glioxílico com a carbocisteína. O ácido glioxílico é um composto orgânico da classe dos aldeídos, a mesma do formol.
A estrutura química do formol e do ácido glioxílico é parecida, mas o ácido glioxílico apresenta uma carboxila a mais (figura a baixo).



Sendo um aldeído, o ácido glioxílico poderia fazer a reticulação da matriz do córtex (assim como o formol) para auxiliar na fixação do novo formato.
Mas qual o problema? Bom... alguns estudos demonstram que quando submetido a temperaturas superiores à 200 graus (C) o ácido glioxílico pode sofrer uma decomposição térmica em gás carbônico e formol (eu li nesse artigo).
Segundo o estudo feito por Back e Yamamoto, quanto mais próximo à 200 graus, menor a formação de formol, assim como quanto mais elevada a temperatura maior a formação.

Agora fica a pergunta: é arriscado o uso de ácido glioxílico? A quantidade de formol liberada por ele pode ser nociva? Infelizmente essas respostas eu ainda não sei...

A Estrutura da Pele

A pele é o maior órgão do corpo humano, composta por três camadas: a epiderme, a derme e a hipoderme (camada mais interna de tecido adiposo). Ela atua como uma barreira protetora, prevenindo a perda de água e bloqueando a entrada de agentes exógenos.
Epiderme: é constituída de várias camadas de queratinócitos (células responsáveis pela produção de queratina) em diferentes estágios de maturação. Essa é a camada responsável pela prevenção da desidratação das demais camadas. Na epiderme está o extrato córneo, que é a parte mais externa da epiderme. O extrato córneo é a barreira protetora contra a penetração de substâncias estranhas ao corpo.
Derme: é um tecido elástico e resistente que proporciona resistência física ao corpo inteiro. Essa camada fornece os nutrientes para a derme e é formada por células como fibroblastos, granulócitos, colágeno, elastina, glicosaminoglicanos e glicoproteínas.


A Estrutura do Cabelo

O fio de cabelo é formado pelos seguintes componentes: a cutícula, o córtex e a medula.
Cutícula: é constituída por proteínas, é parte mais externa do fio, sendo responsável pela proteção das células do córtex. É a camada cujas propriedades estruturais servem de proteção contra influências externas, ela é responsável pelo ingresso e egresso de água, o que permite manter as propriedades físicas da fibra. É formada por células escamosas de queratina que se sobrepõem umas as outras, lembrando escamas de peixe, formando uma cobertura.
Cortex: ocupa a maior área seccionada do fio (75 %) e é constituído por células ricas em ligações cruzadas de cistina (enxofre) e células rígidas separadas uma a uma por uma membrana celular. O córtex é formado por macrofibrilas de queratina alinhadas na direção do fio. Distribuídos aleatoriamente no córtex estão os grânulos de melanina cujo tipo, tamanho e quantidade determinam a cor do cabelo.
Medula: No interior do córtex está localizada a medula, porém esse componente pode estar presente ou ausente ao longo do comprimento do fio.